Otorrinolaringologista: O Que É E Quais Doenças Trata? 2

O otorrinolaringologista é o médico responsável por tratar das doenças ligadas ao ouvido, ao nariz e à garganta, além de estruturas relacionadas com eles, como a cabeça e o pescoço. O termo é uma aglutinação das palavras de origem grega oto (orelha), rino (nariz) e laringo (garganta). Trata-se, portanto, de campo com diversas subespecialidades e que pode ter caráter tanto clínico quanto cirúrgico – incluindo nessa categoria tanto cirurgias mais simples (como as de amígdalas) até as mais complexas (como as de tumores da base do crânio).

A princípio, as funções de um otorrinolaringologista podem parecer amplas e um tanto vagas, especialmente para pacientes que dispõem de pouco tempo para se consultarem em relação a determinados sintomas e, assim, detectarem e tratarem doenças a tempo. 

Por ser um campo de estudos na medicina que se expandiu bastante nos últimos 50 anos, há uma ampla gama de especialidades e de subespecialidades que podem ser diagnosticadas prontamente por meio do exame físico. Dessa forma, sintomas comuns como problemas com audição, dores nas costas ou congestões nasais, podem ser abordadas de forma prática, sem prejudicar a agenda do paciente.

De acordo com dados de 2018 da Associação Médica Brasileira (AMB), existem por volta de 6.400 otorrinolaringologistas atuando no país. A especialização para se tornar um otorrinolaringologista permite a atuação tanto em consultórios quanto em hospitais públicos, privados e clínicas especializadas.

Para a especialização de otorrinolaringologista, o primeiro pré-requisito é, naturalmente, o diploma de medicina. Com isso, o profissional que deseja a especialização em otorrinolaringologia pode optar por realizar a residência médica na área ou fazer um curso de especialização com esse enfoque.

Dentre as qualificações relevantes e internacionalmente reconhecidas na otorrinolaringologia, vale destacar a Junta Americana de Otorrinolaringologia (ABOTO). Estabelecido desde 1924, o órgão certifica cirurgiões de cabeça e pescoço por meio de um processo de treinamento em residência e exames específicos, além de realizar a manutenção do processo de certificação desde 2002.

A certificação da Junta Americana de Otorrinolaringologia exige:

  • Quatro anos de faculdade completos;
  • Quatro anos de faculdade de medicina;
  • Cinco anos adicionais de programa de residência médica;
  • Pelo menos nove meses de treinamento básico de cirurgia, emergência, cuidados intensivos e anestesia no primeiro ano de residência;
  • Pelo menos 48 meses de educação progressiva na especialidade.

No entanto, para a Junta Americana de Otorrinolaringologia, a certificação não termina com a aprovação dos exames. Trata-se de um processo de atualização contínuo que passa por toda a carreira profissional do otorrinolaringologista. A organização é independente, não tem fins lucrativos e é parte dos 24 conselhos de certificação do American Board of Medical Specialties (ABMS).

Os campos de especialização no segmento de otorrinolaringologia são diversos. Dependendo da especialidade, alguns otorrinolaringologistas poderão necessitar de cursos e de tempo de estudo adicionais focados na especialidade de sua escolha. Gradativamente, isso forma profissionais aplicados em gerenciarem e oferecerem serviços personalizados, focados em uma determinada especialidade. 

As áreas de especialização são as seguintes:

  • Imunoterapia: atua na prevenção de gatilhos e medicação para tratamentos de alergia;
  • Cirurgia plástica: sendo ela facial ou reconstrutiva na região da face, do pescoço e das orelhas, tanto para fins cosméticos como funcionais;
  • Tratamento oncológico: remoção de tumores benignos ou malignos na cabeça, no pescoço, no nariz e na garganta;
  • Laringologia: tratamento de distúrbios na garganta e na voz;
  • Otologia e neurotologia: tratamento de distúrbios na orelha. Envolve também distúrbios que tenham origem nos nervos que afetem a audição e o equilíbrio;
  • Pediatria focada na otorrinolaringologia: área voltada ao tratamento para crianças, incluindo problemas de formação e desenvolvimento congênito;
  • Rinologia: tratamento de distúrbios no nariz e de inflamação dos sinos nasais, popularmente conhecidas como sinusites.

Desse modo, a formação com especialização em otorrinolaringologia oferece uma grande gama de possibilidades de atuação, mesmo nos quatro anos iniciais de formação médica do profissional. Isso inclui desde a atuação clínica no tratamento de alergias e lesões até os campos de cirurgia estética e funcional. Ainda, existe uma grande variedade de oportunidades tanto na rede pública quanto na privada de exercer tal função.

O conjunto de ouvido, nariz e garganta, ao longo dos anos, fez com que o otorrinolaringologista precisasse conquistar novos espaços acadêmicos e, por sua vez, profissionais. É comum que novas especialidades e carreiras na medicina acabem por criar intersecções. Um tratamento auditivo, por exemplo, pode ter um otorrinolaringologista atuando na etapa clínica ou diretamente nos procedimentos cirúrgicos, sendo auxiliado por outros profissionais.

O resultado dessa evolução do otorrinolaringologista enquanto profissional é a de uma atuação cada vez mais preocupada em trabalhar com novas técnicas, tratamentos e exames, expandindo, dessa forma, sua efetividade em diferentes especialidades.

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