A sonolência diurna excessiva é uma condição cada vez mais comum. Ela é caracterizada por uma persistente sensação de sono e moleza durante o dia, independentemente do tempo de sono noturno. Neste artigo você terá uma visão detalhada sobre o problema, explorando suas causas, impactos na qualidade de vida e uma análise abrangente dos tratamentos disponíveis. Afinal, compreender essa condição é essencial, já que pode afetar significativamente o desempenho cognitivo, a segurança e a saúde geral de uma pessoa. Confira!
O que é a sonolência diurna excessiva?

A sonolência diurna excessiva é uma condição caracterizada pela sensação de sonolência extrema durante o dia. Nesse cenário, é comum que pessoas com a condição sintam uma forte vontade de cochilar durante o dia, seja durante o trabalho, dirigindo ou em atividades sociais.
Por isso, essa condição pode interferir significativamente na qualidade de vida. Isso porque ela prejudica a concentração, o desempenho cognitivo, a produtividade e até mesmo a segurança, já que você pode sentir necessidade de dormir enquanto dirige, por exemplo.
A sonolência diurna excessiva ter como causa uma variedade de fatores, incluindo distúrbios do sono, além de outros problemas de saúde, como distúrbios psiquiátricos, condições médicas subjacentes, medicamentos, estilo de vida e falta de sono adequado. O diagnóstico e o tratamento precoces são importantes para identificar e abordar as causas subjacentes do problema e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Quais são as principais causas da sonolência diurna excessiva?
De modo geral, a sonolência diurna excessiva é apenas o sintoma de algum outro problema que pode ou não estar relacionado a algum distúrbio do sono. A seguir, saiba quais são as principais causas do problema.
Distúrbios do sono
De modo geral, a sonolência diurna excessiva é apenas um sintoma de outros distúrbios do sono como a apneia do sono e a narcolepsia, por exemplo. A Apneia do sono, por exemplo, é um distúrbio no qual ha a interrupção da respiração durante o sono, muitas vezes devido ao colapso das vias respiratórias. Isso resulta em despertares frequentes durante a noite, levando a um sono não reparador.
Já a Narcolepsia é caracterizada por sonolência extrema durante o dia e episódios incontroláveis de sono repentino, além de sintomas como cataplexia (perda súbita de força muscular), paralisia do sono e alucinações. Além disso, trabalhar em turnos rotativos ou durante a noite pode interromper o ritmo natural do sono, levando à sonolência diurna excessiva. E por fim, a insônia crônica pode resultar em um sono insuficiente e não reparador, fazendo com que você sinta muito sono durante o dia.
Condições médicas subjacentes
Condições como asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e insuficiência cardíaca congestiva podem causar dificuldades respiratórias durante o sono. Isso resulta em um sono fragmentado e como consequência, sonolência diurna excessiva.
Além disso, alguns distúrbios neurológicos como a doença de Parkinson, acidente vascular cerebral (AVC) e tumores cerebrais podem interferir na regulação do sono, deixando a pessoa sonolenta durante o dia. Depressão, transtorno de ansiedade e transtorno de estresse pós-traumático também podem afetar negativamente o sono, resultando em sonolência diurna excessiva.
Estilo de vida e fatores comportamentais
Má higiene do sono e hábitos como consumo excessivo de cafeína, uso de eletrônicos antes de dormir, horários irregulares de sono e ambiente inadequado para dormir, podem contribuir para a sonolência diurna excessiva. A falta de exercício regular pode levar à sonolência diurna excessiva, pois o exercício físico promove um sono mais profundo e reparador. Por fim, dietas desequilibradas, consumo excessivo de alimentos processados ou ricos em gorduras e carboidratos simples podem afetar negativamente o sono.
Diagnóstico e tratamento
Para saber se você tem sonolência diurna excessiva é fundamental fazer o diagnóstico correto. Assim, ele é dividido em 4 partes que são:
- Entrevista Clínica: Um médico fará uma série de perguntas sobre seus hábitos de sono, padrões de sono, qualidade do sono, medicamentos que você está tomando e possíveis condições médicas subjacentes.
- Questionários de Avaliação do Sono: Preencher questionários específicos pode ajudar a avaliar a gravidade e a frequência da sonolência diurna excessiva, como o Índice de Sonolência de Epworth (ESS).
- Exames Físicos: O médico pode realizar exames para descartar problemas que possam contribuir para a sonolência, como distúrbios da tireoide ou apneia do sono.
- Polissonografia: Em alguns casos, pode ser necessário fazer a polissonografia, exame no qual você dorme em um laboratório enquanto é monitorado para avaliar a qualidade do seu sono e identificar distúrbios.
Tratamentos para sonolência diurna excessiva

Ao efetuar o diagnóstico, em seguida, o médico passará o tratamento mais adequado a cada caso. Veja, logo abaixo, quais são as principais opções disponíveis.
1. Mudanças no Estilo de Vida
Para lidar com a sonolência diurna excessiva, é fundamental estabelecer uma rotina regular de sono. Isso implica em dormir e acordar nos mesmos horários todos os dias, mesmo nos fins de semana. Isso ajuda a regular o ciclo sono-vigília do corpo. Além disso, é importante limitar o consumo de cafeína e álcool, especialmente nas horas próximas ao horário de dormir. Criar um ambiente de sono confortável, escuro, silencioso e fresco também ajuda a dormir melhor. Por fim, limitar cochilos durante o dia é outra estratégia importante. Afinal, cochilos prolongados podem interferir no sono noturno e contribuir para a sonolência durante o dia.
2. Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) do Sono
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) do sono é uma abordagem terapêutica que visa modificar comportamentos e pensamentos que interferem no sono saudável. Ela inclui várias técnicas, como técnicas de relaxamento, terapia de controle de estímulo e de restrição do sono. As técnicas de relaxamento envolvem métodos como a respiração profunda, a meditação e o relaxamento muscular progressivo. A terapia de controle de estímulo visa associar o quarto e a cama apenas ao sono e ao sexo, evitando atividades que possam interferir nessa associação. Já a terapia de restrição do sono consiste em limitar o tempo total de sono para aumentar gradualmente a eficiência do sono.
3. Medicamentos
O tratamento medicamentoso pode ser uma opção em alguns casos de sonolência diurna excessiva. Em casos de narcolepsia ou transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), podem ser prescritos medicamentos estimulantes, como modafinil ou metilfenidato. Assim, esses remédios melhoram a vigilância e reduzem a sonolência diurna. Por outro lado, pacientes com insônia ou outros distúrbios do sono que contribuem para a sonolência diurna podem se beneficiar de medicamentos para promover o sono, como hipnóticos ou sedativos.
4. Tratamento de Condições Médicas Subjacentes
A sonolência diurna excessiva também pode ter como causa condições médicas subjacentes, como apneia do sono, síndrome das pernas inquietas ou distúrbios da tireoide. O tratamento dessas condições pode ajudar a reduzir a sonolência. Por exemplo, para apneia do sono, podem ser prescritos dispositivos de pressão positiva contínua nas vias respiratórias (CPAP) ou cirurgia para corrigir obstruções nas vias aéreas. Para síndrome das pernas inquietas, são utilizados medicamentos para aliviar os sintomas e melhorar o sono. Enquanto isso, para distúrbios da tireoide, o tratamento envolve o uso de medicamentos para regular os níveis hormonais da tireoide e corrigir quaisquer desequilíbrios que estejam contribuindo para a sonolência diurna excessiva.
Por fim, é importante ressaltar que o tratamento adequado da sonolência diurna excessiva pode exigir uma abordagem multidisciplinar, envolvendo médicos especializados em distúrbios do sono, psicólogos e outros profissionais de saúde, dependendo das necessidades individuais de cada paciente.